Origens e utilização terapêutica da imersão em água fria
A história dos métodos de crioterapia demonstra a sua longa utilização para fins terapêuticos, com a imersão em água fria e a aplicação de gelo a terem um historial mais extenso em comparação com a aplicação de ar frio. Este artigo explora as origens antigas e o uso terapêutico da imersão em água fria, a aplicação tradicional de gelo e a introdução da crioterapia de corpo inteiro. Discute a evolução histórica destes métodos e as suas aplicações no alívio da dor, recuperação e tratamento médico.
Origens antigas e utilização terapêutica da imersão em água fria
A história da imersão em água fria remonta a milhares de anos, com provas da sua utilização para fins terapêuticos em civilizações antigas, como os egípcios e os gregos. Hipócrates, um famoso médico grego, documentou a utilização de água fria para fins medicinais e para o alívio da dor. Na história mais recente, investigadores como Edgar A. Hines Jr. estudaram as respostas fisiológicas à imersão em água fria, particularmente em relação à variabilidade da pressão arterial. Na década de 1960, o foco passou a ser explorar os benefícios da imersão em água fria para a recuperação pós-exercício.
Aplicação de gelo: Método tradicional de crioterapia
A aplicação de gelo também tem sido um método tradicional de crioterapia. No século XIX, o gelo era utilizado para amputações e cirurgias indolores. James Arnott, um médico, introduziu o conceito de utilização de gelo para congelar tumores cancerígenos, levando ao desenvolvimento da criocirurgia. Na década de 1960, a aplicação de gelo ganhou reconhecimento no tratamento de lesões músculo-esqueléticas. Estudos demonstraram que a aplicação de gelo podia reduzir significativamente a temperatura da superfície da pele e a temperatura muscular, proporcionando efeitos analgésicos e abrandando o metabolismo.
Aplicação de ar frio: Introdução da crioterapia de corpo inteiro (WBC)
A aplicação de ar frio, especificamente através de câmaras de crioterapia de corpo inteiro (CCI), é uma técnica mais recente na recuperação desportiva. A CCI consiste em expor os indivíduos a temperaturas de ar extremamente baixas durante um curto período de tempo. A prática teve origem no Japão no final da década de 1970 e foi inicialmente utilizada para o tratamento da artrite reumatoide e para o controlo da dor. Mais tarde, ganhou popularidade no mundo do desporto para a recuperação do exercício, com alegações de redução da dor muscular, aumento da ativação parassimpática e promoção de respostas anti-inflamatórias. A crioterapia de corpo parcial (PBC) utilizando cabinas de crioterapia portáteis também surgiu como um método popular de recuperação, embora a sua eficácia e segurança a longo prazo ainda estejam a ser estudadas.
Em geral, a história destes métodos de crioterapia demonstra a sua longa utilização para fins terapêuticos, com a imersão em água fria e a aplicação de gelo a terem um historial mais extenso em comparação com a aplicação de ar frio.
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